A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos. A dor é mediada por elementos emocionais, físicos e cognitivos. Portanto, a intensidade da dor pode variar dependendo de fatores psicológicos como estado emocional, expectativas, atenção, atitudes e até mesmo contexto social.
A dor é classificada como aguda ou crônica, sendo que a dor aguda, trata-se de uma dor pontual, com duração inferior a seis meses. A dor aguda tem o papel de alertar o indivíduo da possibilidade de uma lesão. O seu diagnóstico etiológico não é difícil de identificar e, geralmente, desaparece após a eliminação da causa.
Por outro lado, a dor crônica, geralmente é de difícil identificação temporal e/ou causal podendo manifestar-se com várias características, e gerar diversos estados patológicos. Geralmente, considera-se uma evolução com duração de mais de seis meses, podendo manifestar-se de modo contínuo e recorrente, é uma experiência mediada por elementos físicos, emocionais e cognitivos.
A dor crônica nem sempre desaparece após a cura da lesão, sua presença constante ou intermitente e sua duração prolongada é muito perturbadora para quem a sente. Ela acarreta alterações nas atividades físicas, no sono, na vida sexual e no humor do paciente. Além disso, pode estar associada a baixa auto-estima, distorções cognitivas, desesperança, conflitos familiares, prejuízos no trabalho e no lazer. Desta forma, propõe-se que uma maneira eficaz para tratar a dor é por meio de uma equipe multidisciplinar, pois assim, todos os aspectos da vida do ser humano são considerados e podem ser devidamente manejados.
Dra. Ana Irene Fonseca Mendes
Dra. Patrícia Cavalari Nardi
Psicólogas do Centro Especializado em Coluna e Dor